Com orientações desencontradas e questionáveis, a OMS deveria ‘sair da casinha’ 4b4rs

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Entidade deveria ser autoridade máxima em saúde, mas atua como uma organização com interesses próprios, que acoberta grupos políticos antidemocráticos, e deixa de lado sua principal missão

  • Por Paulo Mathias
  • 11/10/2020 10h00
  • BlueSky
Reprodução / WHO Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS

Hoje, em meio à pandemia e a números significativos de mortes ao redor do mundo, há a consciência de que enfrentamos uma guerra de grandes proporções com um inimigo oculto e um órgão de alcance internacional, a OMS, que tem reagido de forma incoerente e inconsistente diante do caos. O órgão internacional, responsável pelas questões da saúde no mundo, a Organização Mundial da Saúde, encontra-se vazia de credibilidade, na contramão das nossas expectativas, com informações desencontradas, discursos vagos, sem um direcionamento, o que faz com que cada vez mais, nos sintamos órfãos, sem rumo. Diante da realidade que nos foi imposta, o que podemos esperar?

Fundada em 1948, com sede em Genebra, a OMS tem como diretor, o etíope, Tedros Adhanon, responsável pelas informações inconsistentes a respeito da pandemia do coronavírus. Enquanto Ministro da Saúde na Etiópia, de 2005 a 2012, no governo de Meles Zenawi, foi acusado por violar os direitos humanos e cometer fraudes eleitorais, o que contribuiu para piorar ainda mais sua imagem. Além disso, tratou um surto de cólera, em seu país, como “uma simples diarreia”, contestado por médicos e cientistas do mundo todo. Como atual diretor da OMS, Tedros continua fornecendo ao mundo declarações infundadas, gerando insegurança tanto para a população quanto para os governos, que tomam decisões pouco acertadas a respeito de como conduzir questões significativas como educação e economia, desorientando as pessoas no tocante a uma postura mais acertada diante da atual pandemia.

am-se os dias, e a OMS continua a caminhar em descomo. Em apenas três meses, a Organização suspendeu e retomou, várias vezes, os estudos sobre medicamentos de combate aos sintomas da Covid-19, como a hidroxicloroquina e outros tantos, modificou as orientações sobre o uso de máscaras, além de ter demorado para classificar o vírus como pandêmico. Quanto ao uso da hidroxicloroquina, utilizada anteriormente para o tratamento da malária e doenças autoimunes, dados foram revistos e testes suspensos por diversas vezes. No que diz respeito aos assintomáticos, a OMS ou vergonha: primeiro, apontou que se trata de um grupo transmissor do vírus; depois, declarou que considera essas pessoas praticamente livres de contaminação aos demais e encerrou desmentindo tudo. Além disso, a Organização foi absolutamente omissa ao não criticar a aglomeração em uma festa rave, ocorrida em Wuhan, cidade chinesa onde surgiu o coronavírus. Atitude fruto da inquestionável proximidade de Tedros com a ditadura chinesa.

Para se somar a todas essas informações, uma recente notícia divulgou que mais de 6 mil cientistas de universidades renomadas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha são a favor de algo nunca defendido publicamente pela OMS: a retomada da vida normal pelos jovens. Ou seja, idosos e doentes em casa, jovens na rua. E qual o sentido para essa medida? Segundo os estudiosos do assunto, chegar a uma contaminação de massa, capaz de estimular a imunidade de rebanho com uma estratégia denominada por eles de “proteção forçada”.

Em meio à falta de respostas precisas, quando tudo isso ar, a OMS deverá responder ao mundo muitas questões sem explicação até agora, como sua negligência em prever novas pandemias depois da SARS, que ocorreu em 2002 e do ebola em 2014; o porquê do silêncio, na atual pandemia, diante de um panorama claro de aumento de casos em vários países, mesmo com políticas rigorosas de lockdown implementadas. Assim como a falha de seus comentários a respeito da boa atuação de Taiwan no combate à Covid-19, por pressão da China. E agora nos perguntamos mais uma vez qual o caminho a trilhar, em quem confiar? Respostas difíceis para questões cada vez mais claras diante de nós. Milhares de pessoas sem emprego, leis que nos prendem em casa, mas que lotam bares e praias.

Em busca de um norte, quanto mais desencontradas e questionáveis forem as orientações da OMS, mais iremos conviver com o medo e a cegueira diante de um futuro mascarado por informações contraditórias, muitas vezes falsas, que nos tornam vulneráveis, não somente ao vírus, mas, ao que esperamos daqui para frente. Perante a essas críticas, a OMS busca difundir uma imagem de autoridade em saúde mundial, mas, na verdade, não a de uma organização com interesses próprios, que acoberta grupos políticos antidemocráticos, deixando de lado sua principal missão que é cuidar de momentos de crise na saúde mundial, como o que estamos vivendo. Orientar deveria ser a palavra de ordem no momento. A entidade que deveria servir como autoridade máxima em todo o planeta, na luta contra a pandemia do novo coronavírus, planeja suas ações, tomando decisões contrárias ao que ela mesma diz. Uma vergonha. A OMS deveria “sair da casinha”.

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