Oposição critica tentativa de tirar Nardes: “ação vergonhosa” e “intimidação” 6g3871

  • Por Agência Estado
  • 05/10/2015 09h52
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Luis Macedo / Câmara dos Deputados Deputado Mendonça Filho - DEM

O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), disse que o pedido de afastamento do relator das contas da presidente Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, é uma manobra do governo para impedir a rejeição das contas. Afirmou também que o Congresso deve se pronunciar sobre o que chamou de “intimidação”. “É dever do Legislativo respaldar e garantir a liberdade de atuar do TCU. O ministro Nardes não pode ser afastado porque contraria o Governo”, defendeu Mendonça Filho, em nota.

Mendonça rebateu a tese do governo de que o ministro teria cometido uma irregularidade ao antecipar o voto que deverá apresentar na sessão da próxima quarta-feira, no TCU, durante a votação das contas da presidente. “O TCU não é tribunal judiciário. É um órgão auxiliar do Legislativo. Essa posição do Governo reafirma a incoerência do modo petista de ser: quando o pronunciamento é a favor do PT é legítimo. Quando é contra, é suspeito”, disse, destacando que vai mobilizar a oposição para combater “essa manobra do Governo Dilma”.

“A sociedade tem que saber que tudo isso não a de mais uma tentativa de se livrar da rejeição das contas, por conta das pedaladas fiscais e ficar mais distante do impeachment”, disse.

“Vergonhoso”

O pedido do governo para que o relator das contas da presidente Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, seja afastado é uma “ação vergonhosa” na avaliação do líder da minoria na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE).

“O governo mostra a pior face de seu autoritarismo e intolerância ao exigir o afastamento do ministro”, disse. “Por trás dessa ação vergonhosa está apenas o temor do governo em ver as contas de Dilma rejeitadas devido às chamadas pedaladas fiscais”, afirmou.

O tucano diz ainda que esse tipo de “ação bolivariana” pode abrir precedentes e prejudicar as relações entre as instituições. “Estamos diante de uma sombria agressão à democracia”, afirmou.

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