Farc negam que acordo sobre justiça precisa de “respostas adicionais” 4b202z
Havana, 29 set (EFE).- Os negociadores de paz das Farc afirmaram nesta terça-feira que o acordo sobre justiça anunciado na semana ada junto com o governo “está fechado” e não precisa “respostas adicionais”, após escutar as explicações da equipe governamental sobre o conteúdo do texto.
“Não necessita de esclarecimento algum, porque o escrito e recolhido no texto é totalmente transparente, gramaticalmente aceitável, suficiente no objetivo procurado e diáfano em suas diversas expressões”, indicou a delegação de paz em comunicado divulgado em seu site.
A delegação das Farc esclareceu à Agência Efe que não estão de acordo com as declarações dos negociadores governamentais Humberto de la Calle e Sergio Jaramillo nas quais afirmaram que o assunto das extradições de guerrilheiros é um tema ainda por tratar.
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) sustentam que, fruto do acordo sobre justiça da semana ada, não ocorrerão extradições de guerrilheiros, já que estes serão submetidos à jurisdição especial para a paz estabelecida no texto assinado na semana ada.
“O documento sobre jurisdição especial para a paz é um acordo fixado definito, portanto não pode ser variado em nenhum de seus pontos. Pôr em dúvida seu conteúdo é pôr em dúvida a data estipulada para o término do conflito”, disseram as Farc em seu comunicado.
No documento “não se fala de concentração de tropas das Farc e nem de lugares de confinamento para que brindem verdade plena e exaustiva”.
“Não se pode aceitar por nenhum motivo a unilateral interpretação do alcançado no acordo, porque serão os futuros magistrados que ao assumir sua tarefa na nova jurisdição especial para a paz terão a competência para aplicar seus alcances”, asseguram.
A guerrilha precisa que o acordo apresentado na semana ada em Havana, com a presença do presidente Juan Manuel Santos e do máximo chefe das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timchenko, “não foi uma encenação para impressionar à galeria”, mas “se tratou de uma entrega solene de um documento que compromete às partes”. EFE
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