Coronel Tadeu afirma que esquerda manipula debate sobre armas e6y3h
302j55
Deputado do PSL diz que Brasil tem um dos controles mais rígidos do mundo, mas oposição quer fazer população achar que o governo pretende mandar pistolas pelos Correios

O programa “Os Pingos nos Is” desta segunda-feira, 15, entrevistou o deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) para repercutir os decretos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que flexibilizaram a compra de armas e munições. Entre outras mudanças, autoriza que uma pessoa porte duas armas ao mesmo tempo, aumenta de quatro para seis o número de armas permitidas para defesa pessoal e permite que colecionadores comprem armamentos com mais de 40 anos de fabricação. Os partidos de posição e alguns movimentos desarmamentistas fizeram duras críticas ao governo federal e prometeram contestar a decisão presidencial no Supremo Tribunal Federal (STF). Para Tadeu, uma grita injustificada e maldosa. O parlamentar afirma que o Brasil tem um dos controles mais rigorosos do mundo e destaca que a medida beneficiará os chamados CACs (colecionadores, atiradores e caçadores), mas não necessariamente fará com que todos os brasileiros andem na rua com um revólver na cintura. “Lutamos pela desburocratização, as regras se mantêm”, disse.
“Normalmente, a esquerda quer manipular a mente das pessoas dizendo que o governo vai mandar armas pelos Correios para todo o mundo. Isso é uma besteira, uma estupidez, uma retórica cheia de mentiras. O Brasil é um dos países mais rigorosos no controle. E controla mesmo, por meio de dois grandes sistemas: o Sinarm (Sistema Nacional de Armas) e o Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas). O Sinarm controla aquelas armas compradas no varejo. A pessoa que se interessa por uma arma e tem que enfrentar uma burocracia tremenda. Uma pistola glock no calibre 380 ou no calibre .40, nos Estados Unidos, você compra ela por US$ 1.300 (aproximadamente R$ 6.982), possivelmente. Aqui no Brasil, você não consegue comprá-la por menos de R$ 10 mil. Além disso, você a por um processo de treinamento em clubes de tiro credenciados pelo Exército ou pela Polícia Federal e ainda faz um teste psicológico”, disse Coronel Tadeu.
O policial militar acredita que a população brasileira não está preparada não está preparada para o o ir a pistolas, revólveres e fuzis. “A arma é um equipamento letal, assim como carro e motocicleta. Esses três itens matam muito no Brasil, é só avaliar as estatísticas. Essa é a minha preocupação como instrutor de tiro. Durante 30 anos na corporação [da Polícia Militar], em pelo menos 20 eu participei como instrutor de tiro. Não só dei aula dentro da corporação, também fui para o lado de fora dos quartéis e dei muita instrução para as pessoas. E a principal recomendação era: ‘Se você não está preparado para pegar em uma arma. não pegue’. Ninguém dá a chave de um carro para uma criança. Ninguém entrega a senha de um helicóptero para qualquer pessoa. E ninguém vai entregar uma arma na mão de quem não sabe utilizá-la.”, pontuou. “Quando se faz a liberação de alguns itens que travavam a burocracia, não significa a permissão para todo o mundo ter uma arma. ”
O deputado do PSL lembra que a desburocratização “foi uma promessa de campanha”. E acredita que, além de beneficiar pessoas aptas a portar um revólver ou um pistola, a medida trará benefícios à economia. “Em 2018, tínhamos uma burocracia muito grande para que caçadores, atiradores e colecionadores pudessem ter suas armas e comprar os insumos. Antes de mais nada, a prática do tiro é um hobby. Hoje nós temos, no estado de São Paulo, algo aproximado em 140 mil CACs, que é a sigla para caçador, atirador e colecionador. E no Brasil todo cerca de 270 mil. É um esporte caro. Quem quiser praticar, precisa preparar o bolso, porque as despesas acabam sendo altas, como se fosse praticar kart, automobilismo ou equitação. Essas medidas vêm desburocratizar e facilitar a vida desses atiradores que aos finais de semana vão aos clubes de tiro para aliviar o estresse”
Comentários
Conteúdo para s. Assine JP .