Criptomoedas latino-americanas vão além do rendimento bb3z
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Além de a América Latina ter número significativo de usuários de criptoativos, a região também é berço de projetos com impacto próprio

As criptomoedas estão transformando o conceito de dinheiro ao mesmo tempo em que emergem como instrumentos alternativos para impulsionar projetos em diversos setores da economia. Um dos seus aspectos mais disruptivos é que, graças à inovação cripto, é possível criar moedas digitais que, além de gerar rendimentos para seus usuários, também podem apoiar inventores, modelos de negócios e empresas que atualmente têm difícil o ao financiamento tradicional. Ou seja, as criptomoedas geram impactos que vão além dos critérios financeiros dominantes relacionados à cotação, flutuação e ao desempenho. Os projetos que têm essa perspectiva geralmente são baseados no modelo de criptomoedas estáveis (stablecoins), que se vinculam a diversos ativos, tais como: moeda fiduciária, produções agrícolas, reservas de minério, metais preciosos etc. Da mesma forma, na maioria dos casos, essas iniciativas usam uma blockchain, própria ou de terceiros, para dar e às transações de seus criptoativos. Em nosso continente, empreendedores e inovadores estão aproveitando essa oportunidade para desenvolver iniciativas interessantes. Vamos apresentar abaixo uma breve amostra de três projetos com identidade própria:
Avocado Coin – México 1u2843
Desenvolvido pelo projeto GreenGold, esse criptoativo foi criado para financiar produtores mexicanos de abacate que desenvolvem técnicas para cuidar dos recursos naturais e do ambiente. Em sua colheita, esse fruto demanda enorme quantidade de água, que tende a ser desperdiçada. Com uma emissão inicial de 600.000 unidades, cada Avocado Coin tem um custo de US$ 1.000. O México é líder mundial na produção de abacate.
Kmushicoin – Colômbia 5l340
É a criptomoeda que a empresa Tierra Viva desenvolveu, como meio de pagamento próprio, para suas atividades de exportação. A empresa produz adubo orgânico com a ajuda de besouros-rinoceronte gigantes que cria em solo colombiano. Em países como o Japão, há um nicho de mercado para insetos, por isso eles são exportados com frequência. Ao usar a sua própria criptomoeda, a Tierra Viva evita as altas taxas de pagamentos internacionais em suas vendas no exterior. Dessa forma, a rentabilidade da empresa não é afetada, e os lucros se concentram no fortalecimento do modelo de negócios ambiental da empresa.
Agrotokens – Argentina 215i4d
É uma iniciativa que abrange três criptoativos. O valor de cada um é igual ao preço de uma tonelada do grão correspondente: SOYA (soja), CORA (milho) e WHEA (trigo). Por meio de diferentes parcerias comerciais, os produtores argentinos já podem usar essas criptomoedas para garantir empréstimos, comprar insumos ou adquirir máquinas. O projeto começou em 2020 com a digitalização, ou “tokenização”, de 1.000 toneladas de soja e, hoje, soma mais de 56.000 toneladas de grãos, o que representa cerca de US$ 20 milhões em ativos digitais emitidos.
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